domingo, 5 de dezembro de 2010

O Mundo numa telinha.

É fato que as telinhas vêm tomando espaço nas nossas vidas. O antigo wlakman cedeu o lugar para aparelhos mais sofisticados, dotados de capacidade de armazenamento crescente a cada dia e de possibilidades, cada instante mais interessantes e sugestivas. É o mundo dos MPxx, que tocam músicas de vários formatos e ainda, exibem vídeos, etc... Diminuem em tamanho e aumentam em possibilidades.

O telefone celular, cresceu em acessibilidade e diminuiu em tamanho, passado daquele “tijolão” de alguns anos atrás para aparelhos pequenos e de funções quase inexploráveis! É bem fato, que a maioria dos usuários não faz idéia do que aquele aparelhinho é capaz de fazer!


O notebooks, os tablets, os readers e muitos outros dispositivos tecnológicos modernos estão presentes, com a promessa de melhorar nossa qualidade de vida.

E na verdade, para aqueles que sabem utilizá-lo, realmente, cumprem a promessa, tornando tarefas cotidianas mais simples, seguras, agradáveis, etc. Já, para alguns consumistas compulsivos, são aparelhos que enchem os olhos e, depois de adquiridos, trazem consigo um item na fatura do cartão de crédito e se transformam em enfeite de mesa, quando ainda estão na vitrine das lojas, mais tarde transforma-se em aparato de estante e finalmente, em peso de papel, para logo em seguida, terminarem suas vidas, como lixo eletrônico.

Mas há uma boa parcela da população que realmente faz uso dessas telinhas multitarefas. Ouvir música, conversar ao telefone, realizar vídeo conferência, fotografar, navegar na internet e muitas outras coisas estão acessíveis numa telinha de celular.

Você pode viajar no mundo, em tempo real, ter acesso a imagens on line de pontos turísticos do mundo inteiro, enquanto espera na fila do banco... ou inda, pode optar por nem ir à fila do banco... Pode fazer tudo isso, enquanto espera o transporte para ir ao shopping fazer compras... bom, na verdade, pode ir às compras em casa mesmo, através daquela mesma telinha. O mundo, está ali dentro daquele pequeno display.

Que isso facilita a vida, não se pode negar. Mas há outros fatores que precisam ser considerados. O ser humano é um ser social e afetivo. Ao trocar o contato com as pessoas, pelo contato “virtual”, inicia-se uma jornada rumo ao isolamento e passamos a viver o mundo do display, que por mais movimentos e imagens em 3D que possua, não tem o dinamismo da vida real. Esse fato, acarreta empobrecimento moral e sobretudo afetivo. O prejuízo maior vem com o tempo, que termina por tornar o usuário um escravo da própria tecnologia.

O velho ditado popular “ver o sol nascer quadrado”, que faz referência aos condenados ao sistema prisional, está saindo da realidade das prisões para fazer parte da realidade pessoal. Estamos vendo o sol nascer quadrado, dentro da telinha de um equipamento, que deveria aumentar nossa qualidade de vida. Estamos vendo o mundo pela janela digital que cabe na palma da mão e a única coisa que fazemos com isso é nos tornar prisioneiros da tecnologia que criamos.

Nunca foi tão forte o apelo de vencer as barreiras digitais, mas qual barreira?

Um comentário:

Unknown disse...

Com toda certeza a tecnologia to,ou conta de nossas vidas de forma quase irresisitivel, mas, não podemos esquecer que tudo em excesso torna-se perigo para nossa saúde fisica e mental.
Tantos atrocidades cometidas atraves desta telinha faz com que nós nos perguntemos se estamos preparados para viver essa tecnologia tão intensamente.
Nenhuma telinha é mais importante do que a vida real bem vivida, e entenda bem quando digo "bem vivida", poder tirar dela todo manancial de conhecimentos necessarios( intelectuais e morais) para nos tornamos seres melhores.
Afinal, este é nosso objetivo principal, nesta estranha e por vezes misteriosa caminhada.