domingo, 27 de setembro de 2009

Grandes barbudos da humanidade: Alfred Russel Wallace!


No dia 8 de janeiro do ano de 1823, nascia na cidade de Usk, no país da Gales, um grande naturalista, biólogo e antropólogo que o mundo viria a conhecer como Alfred Russel Wallace.

De início, apesar de ser filho de uma família de classe média, Wallace encontrou sérias dificuldades em estudar, porque sua família logo declinou economicamente e Wallace vê-se obrigado a ir morar e trabalhar com seu irmão mais velho, que atuava na construção civil.

A história mostra, e nem é nas entrelinhas, que as maiores figuras da humanidade, em seus diversos campos de atuação, enfrentaram grandes dificuldades em “freqüentar” escolas e academias. Teriam sido esses “protegidos” de um aporte de idéias preconcebidas e/ou uma educação castradora? Fica a pergunta para quem sabe, a própria história responder...

Mas o fato é que Alfred Russel Wallace não foi uma exceção neste aspecto. Contudo, Wallace foi influenciado, através da leitura de outros pesquisadores a naturalistas, como Alexander Von Humboldt, Willian Henry e Charles Darwin a viajar para coletar e catalogar espécies. Era relativamente comum, homens que coletavam espécies para vender a escolas, institutos ou curiosos.

Viajou ao Brasil, a bordo do “barquinho” Mischief, tento realizado pesquisas na Amazônia, Rio Negro e Belém do Pará. Depois que quase 1 ano em terras brasileiras, voltou à Europa, mas, o futuro guardava-lhe surpresas, que de fato, mudariam muitas coisas no futuro da sua obra! O barco em que ele estava incendiou e, Wallace e outros, se viram logo num bote, por dias, até serem resgatados. Praticamente tudo foi perdido naquele incêndio, menos partes de seu diário, com anotações importantes e alguns poucos espécimes.

Chegando na Europa, Wallace escreve os relatos daquela viagem e pesquisa; programa logo, outras viagens exploratórias, contudo, seu principal objetivo agora é a pesquisa sobre a origem do homem e a seleção natural das espécies.

Relatos históricos mostram que Alfred Russel Wallace tinha uma teoria sobre a evolução das espécies pronta antes daquela divulgada por Charles Darwin, mas este, ao saber da teoria de Wallace, publica logo a sua, antes que Wallace o fizesse.

Hoje, já é reconhecida a teoria de Wallace, tanto que, nos compêndios modernos, estuda-se a teoria da evolução das espécies de Darwin-Wallace, em reconhecimento a esse pesquisador.

Contudo, ainda falta uma questão a ser citada, que é em torno da religiosidade de Wallace. Alfred Russel Wallace era espiritualista e afirmava que a seleção natural das espécies não poderia explicar algumas faculdades humanas, como o gênio matemático ou artístico ou ainda, a capacidade que tem o homem de contemplar o belo.

Wallace ainda vai alem, dizendo que acreditava no “mundo invisível dos espíritos” e a intervenção deles no nosso mundo em pelo menos 3 momentos da humanidade: na criação da vida a partir da matéria inorgânica; na inteligência dos animais superiores e na geração das faculdades diferenciadas do espírito humano.

O trabalho de Alfred Russel Wallace propõe reflexões que merecem nossa apreciação. Reflexões que nos remetem não somente às origens da espécie humana, mas também e sobretudo ao objetivo dessa espécie, visto que, fica evidenciado em diversos caracteres especiais desta espécie, a quase inimaginável capacidade humana.


As fotos são, de cima para baixo: Alfred Russel Wallace e o livro: Seleção Natural, de Alfred Russel Wallace.

sábado, 12 de setembro de 2009

Repensando as relações de medicina e saúde.

Uma interessante forma de repensar um aspecto importante da vida é realizado pela homeopatia, que traz uma visão bastante diferente a respeito da velha e antiga medicina alopática. Desde o seu princípio, com Hipócrates, a alopatia receita medicamentos, de princípios químicos bem definidos e, hoje industrializados, para combater sintomas e moléstias sofridas pelos pacientes.

Mas, o médico Christian Friedrich Samuel Hanneman (1755-1843), faz uma interessante proposta para tratar seus pacientes. Tem como princípio a similitude. Neste princípio, a proposta é tratar um sintoma, fornecendo ao paciente, uma substância que cause num indivíduo saudável, o mesmo sintoma que experimenta o paciente a que se pretende tratar. Já temos aí uma grande diferença entre a alopatia e a homeopatia, que é esta nova proposta trazida por Hanneman.

Mas não paramos por aí... Hanneman ainda vai além... Ele aplicou os elementos ativos usados como medicação à diluições, ou seja: pegou uma quantidade de 1X de elemento ativo e dissolveu em 10X de água. Após, isso, pegou 1X dessa solução e dissolveu em mais 10X de água e por aí vai... A esse processo, a homeopatia vai chamar de Dinamização.

Para sua surpresa, Henneman descobriu que quanto maior o número de dinamizações, maior ainda era o efeito desse medicamento. Esse processo, contraria um princípio da química e da física, conhecido como constante de Avogadro. Essa constante, em curtíssimas palavras, representa um valor mínimo a respeito da menor quantidade de um elemento(átomos, moléculas, íons e elementos deste tipo). Isso quer dizer que em algumas dinamizações, não “haveria” naquela água(ou no soluto), qualquer mínima quantidade do medicamento ali dissolvido.

Mas, o que acontece realmente é que a Homeopatia, apesar de algumas adversidades científicas, existe e tem sobrevivido ao longo do tempo e dos ataques. Isso quer dizer que ela tem apresentado resultados positivos, caso contrário, teria sido esquecida ao longo da história.

Essa forma de repensar a maneira de tratar um paciente, nos leva a repensar aspetos como a interação saúde-doença e sobretudo, aspectos que vão além do corpo físico. Só porque não é visível e não é tangível, não quer dizer que não possa existir. A gravidade não é visível, as interações nucleares e o eletromagnetismo também não o são. Mas seus efeitos são notáveis e precisos!

Enquanto, muitas vezes, a alopatia trata um sintoma, a homeopatia atua em algo que se situa em outros territórios, ainda pouco estudados pelas academias.

Essa forma de repensar o que era visto como rotina e, atuar em territórios de outros domínios, tem contribuído para a melhoria da qualidade de vida da humanidade, com resultados muitas vezes, acima do esperado e do aceitável.

O que não é aceitável é não repensar...


As fotos são, de cima para baixo: Hanneman e Medicamentos Homeopáticos.